O Congresso Nacional Brasileiro, oficializou em 1965 que todo dia 22 de agosto seria destinado à comemoração do folclore brasileiro. Foi criado assim o Dia do Folclore Nacional. Foi uma forma de valorizar as histórias e personagens do folclore brasileiro. Desta forma, a cultura popular ganhou mais importância no mundo cultural brasileiro e mais uma forma de ser preservada. O dia 22 de agosto é importante também, pois possibilita a passagem da cultura folclórica nacional de geração para geração.
E as professoras do Infantil e Fundamental I concordam e apoiam essa lei. Por isso o Folclore é trabalhado todos os dias do ano nas salas de aula da Escola Helena de Aguiar Dias, afinal o folclore faz parte do nosso cotidiano.
Durante dois meses ( Agosto e Setembro) foi intensificado este trabalho, as crianças participaram de várias atividades.
As professoras Francilene e Luciana ( Professoras de Atividades Interdiscilpinares) estavam à frente deste projeto trazendo para as salas de aula do Ensino Infantil e Fundamental I pesquisas, vídeos, documentários, fotos que contam a história do Folclore.
Entenda um pouco mais sobre esse tema:
O interesse pelo folclore nasceu entre o fim do século XVIII e o início do século XIX, quando estudiosos como os Irmãos Grimm e Herder iniciaram pesquisas sobre a poesia tradicional na Alemanha e "descobriu-se" a cultura popular como oposta à cultura erudita cultivada pelas elites e pelas instituições oficiais. Logo esse interesse se espalhou por outros países e se ampliou para o estudo de outras formas literárias, músicas, práticas religiosas e outros fatos chamados na época de "antiguidades populares". Neste início de sistematização os pesquisadores procuravam abordar a cultura popular através de métodos aplicados ao estudo da cultura erudita O termo folclore (folklore) é um neologismo que foi criado em 1846 pelo arqueólogo Ambrose Merton - pseudônimo de William John Thoms - e usado em uma carta endereçada à revista The Athenaeum, de Londres, onde os vocábulos da língua inglesa folk e lore (povo e saber) foram unidos, passando a ter o significado de saber tradicional de um povo. Esse termo passou a ser utilizado então para se referir às tradições, costumes e superstições das classes populares. Posteriormente, o termo passou a designar toda a cultura nascida principalmente nessas classes, dando ao folclore o status de história não escrita de um povo. Mesmo que o avanço da ciência e da tecnologia tenha levado ao descrédito muitas dessas tradições populares, a influência do pensamento positivista do século XIX contribuiu para dignificá-las, entendendo-as como elos em uma cadeia ininterrupta de saberes que deveria ser compreendida para se entender a sociedade moderna. Assim, com a conscientização de que a cultura popular poderia desaparecer devido ao novo modo de vida urbano, seu estudo se generalizou, ao mesmo tempo em que ela passou a ser usada como elemento principal em obras artísticas, despertando o sentimento nacionalista dos povos.
Depois de iniciar e frutificar na Europa, o estudo do folclore se estendeu ao Novo Mundo, chegando ao Brasil na segunda metade do século XIX através dos precursores Celso de Magalhães e Sílvio Romero, e aos Estados Unidos, onde William Wells Newell, Mark Twain, Rutherford Hayes e um grupo de outros eruditos e interessados fundaram em 1888 a American Folklore Society, que de imediato iniciou a publicação de um jornal que continua em atividade até hoje, o Journal of American Folklore. A contribuição dos folcloristas norte-americanos foi especialmente importante porque desde logo suas pesquisas foram apoiadas pelas universidades e adquiriram autonomia, definindo novas fronteiras metodológicas e lançando as bases para a fundação do folclorismo como uma nova especialidade científica, paralela à Antropologia.
Atualmente o folclorismo está bem estabelecido e é reconhecido como uma ciência, a ponto de tornar seu objeto, a cultura popular ou folclore, instrumento de educação nas escolas e um bem protegido genericamente pela
UNESCO e especificamente por muitos países, que inseriram muitos de seus elementos constituintes em seus elencos de bens de patrimônio histórico e artístico a serem protegidos e fomentados.
Considera-se hoje o folclorismo um ramo das
Ciências Sociais e
Humanas, e seu estudo deve ser feito de acordo com a
metodologia própria dessas ciências. Como parte da cultura de uma nação, o folclore deve ter o mesmo direito de acesso aos incentivos públicos e privados concedidos às outras manifestações culturais e científicas.
Estão vendo como é importante conhecer a história do Folclore. Então se deleite com os trabalhos realizados por nossos alunos.
Painel com adivinhas, trava-línguas, parlendas, provérbios e cantigas de roda escritas pelas crianças do Infantil III, VI, V e Ensino Fundamental 1º e 2º ano.
Com o apoio dos Coordenadores Elayne e Raimundo e Diretora Célia deu-se início ao cortejo, que estava incrível ao som de uma música instrumental.
Se preparando para assistir as apresentações
E com a cantiga de roda Samba Lelê o Infantil 3 da Professora Roseany, mostrou que tem ginga no pé.
As músicas do folclore brasileiro são canções populares, muitas de autores desconhecidos do interior do Brasil, que são transmitidas de geração para geração através dos tempos. Parte importante da cultura popular, são usadas como o objetivo lúdico (envolvendo jogos e brincadeiras) ou para pura diversão. Possuem letras simples e com muita repetição, características que facilitam a memorização. Estas músicas são mais populares nas regiões do interior do Brasil e costumam apresentar como temas principais situações do cotidiano (amor, namoro, medo, casamento, relacionamentos, etc.). Algumas letras também envolvem personagens do folclore brasileiro. As músicas folclóricas brasileiras são quase sempre acompanhadas pelo som de uma viola caipira ou de violão.
INFANTIL IV MANHÃ
INFANTIL IV TARDE
E foi com a cantiga de roda Boi da Cara Preta, que as crianças do Infantil IV da professora Rafaelly, vestiram seu pijama e encantaram a plateia com o jeito meigo e autentico que só a criança tem.
Bumba Meu Boi
A dança folclórica do bumba meu boi é um dos traços culturais marcantes na cultura brasileira, principalmente na região Nordeste. A dança surgiu no século XVIII, como uma forma de crítica à situação social dos negros e índios. O bumba meu boi combina elementos de comédia, drama, sátira e tragédia, tentando demonstrar a fragilidade do homem e a força bruta de um boi.
O bumba meu boi é resultado da união de elementos das culturas europeia, africana e indígena, com maior ou menor influência de cada uma dessas culturas. A dança misturada com teatro incorpora elementos da tradição espanhola e da portuguesa, com encenações de peças religiosas nascidas na luta da Igreja contra o paganismo. O costume da dança do bumba meu boi foi intensificado pelos jesuítas, que através das danças e pequenas representações, desejavam evangelizar os negros, indígenas e os próprios aventureiros portugueses.
A história que envolve a dança é a seguinte: Um rico fazendeiro possui um boi muito bonito, que inclusive sabe dançar. Pai Chico, um trabalhador da fazenda, rouba o boi para satisfazer sua mulher Catirina, que está grávida e sente uma forte vontade de comer a língua do boi. O fazendeiro manda seus empregados procurarem o boi e quando o encontra, ele está doente. Os pajés curam a doença do boi e descobrem a real intenção de Pai Chico, o fazendeiro o perdoa e celebra a saúde do boi com uma grande festividade.
O bumba meu boi possui diversas denominações em todo o Brasil. No Maranhão, Rio Grande do Norte e Alagoas a dança é chamada de bumba meu boi, no Pará e Amazonas, boi-bumbá, em Pernambuco, boi-calemba, na Bahia, boi-janeiro, etc.
O Infantil V da Professora Rosinha veio trazer as parlendas para animar ainda mais a plateia.
As parlendas são versinhos com temática infantil que são recitados em brincadeiras de crianças. Possuem uma rima fácil e, por isso, são populares entre as crianças. Muitas parlendas são usadas em jogos para melhorar o relacionamento entre os participantes ou apenas por diversão. Muitas parlendas são antigas e, algunas delas, foram criadas, há décadas. Elas fazem parte do
folclore brasileiro, pois representam uma importante tradição cultural do nosso povo.
Após a belíssima aparição do Bumba Meu Boi que encantou as crianças e adolescentes que viajaram mesmo na história de Catirina e Pai Chico e da apresentação das crianças do Infantil V com as parlendas, chegou a vez de ouvir algumas adivinhas.
As adivinhas, também conhecidadas como advinhações ou "o que é, o que é" são perguntas em formato de charadas desafiadoras que fazem as pessoas pensar e se divertir. São criadas pelas pessoas e fazem parte da cultura popular e do folclore brasileiro. São muito comuns entre as crianças, mas também fazem sucesso entre os adultos.
As crianças do 1º ano da professora Joice se divertiram muito cantando e dançando a música O que é?O que é? (Xuxa).
Você é capaz de adivinhar? O que é o que é tem boca mas não fala? O que é o que é dorme em pé e corre deitado?
Vai pensando aí e aproveita para dar uma olhada da dança do Siriri que o 2º ano da professora Fabiana apresentou.
Mas antes de dançar, eles falaram alguns
provérbios.
Os provérbios são ditos populares (frases e expressões) que transmitem conhecimentos comuns sobre a vida. Muitos deles foram criados na antiguidade, porém estão relacionados a aspectos universais da vida, por isso são utilizados até os dias atuais. É muito comum ouvirmos provérbios em situações do cotidiano. Quem nunca ouviu, ao fazer algo rapidamente, que “a pressa é a inimiga da perfeição”. Os provérbios fazem sucesso, pois possuem um sentido lógico.
A maioria é de criação anônima. O provérbio é fácil de decorar e transmitir em função de seu formato simples, curto e direto. Falam sobre diversos assuntos e fazem parte da cultura popular da humanidade. Encontramos provérbios para praticamente todas as situações de vida.
Dança Folclórica Brasileira Siriri 2º ano
Dando sequência as apresentações, o 3º ano da professora Lucicleide veio relembrar as cantigas de roda Atirei o Pau no Gato e Fui à Espanha.
3° ano A Manhã
3° ano tarde dançando frevo
O FREVO
Surgido na cidade do
Recife no fim do
século XIX, o frevo caracteriza-se pelo ritmo extremamente acelerado. Muito executado durante o
carnaval, eram comuns conflitos entre blocos de frevo, em que saíam à frente dos seus blocos para intimidar blocos rivais e proteger seu estandarte.
Pode-se afirmar que o frevo é uma criação de compositores de música ligeira, feita para o carnaval. Os músicos pensavam em dar ao povo mais animação nos folguedos. No decorrer do tempo, a música ganhou características próprias.
Da junção da capoeira com o ritmo do frevo nasceu o
passo, a dança do frevo.
Até as sombrinhas coloridas seriam uma estilização das utilizadas inicialmente como armas de defesa dos passistas que remetem diretamente a luta, resistência e camuflagem, herdada da capoeira e dos capoeiristas, que faziam uso de porretes ou cabos de velhos guarda-chuvas como arma contra grupos rivais. Foi da necessidade de imposição e do nacionalismo exacerbado no período das revoluções Pernambucanas que foi dada a representação da vontade de independência e da luta na dança do frevo.
A dança do frevo pode ser de duas formas: quando a multidão dança, ou quando passistas realizam os passos mais difíceis, de forma acrobática. O frevo possui mais de 120 passos catalogados.
Dando sequência as apresentações...
Os alunos do 4º ano da professora Lúcia gostaram tanto das adivinhas que resolveram desafiar as outras crianças a adivinharem as suas charadas.
Foi muito engraçado compartilhar este momento!
4° ano A Manhã
Depois de muitas gargalhadas com as adivinhas, chegou a vez de se encantar com as danças, olha só o que o 4°B ( tarde) da professora Lúcia apresentou...
4º ano B ( tarde) dançando carimbó
O que é Carimbó?
A mais extraordinária manifestação de criatividade artística do povo paraense foi criada pelos índios Tupinambá que, segundo os historiadores, eram dotados de um senso artístico invulgar, chegando a ser considerados, nas tribos, como verdadeiros semi-deuses.
Inicialmente, segundo tudo indica, a "Dança do Carimbó" era apresentada num andamento monótono, como acontece com a grande maioria das danças indígenas. Quando os escravos africanos tomaram contato com essa manifestação artística dos Tupinambá começaram a aperfeiçoar a dança, iniciando pelo andamento que , de monótono, passou a vibrar como uma espécie de variante do batuque africano.
Por isso contagiava até mesmo os colonizadores portugueses que, pelo interesse de conseguir mão-de-obra para os mais diversos trabalhos, não somente estimulavam essas manifestações, como também, excepcionalmente, faziam questão de participar, acrescentando traços da expressão corporal característica das danças portuguesas. Não é à toa que a "Dança do Carimbó" apresenta, em certas passagens, alguns movimentos das danças folclóricas lusitanas, como os dedos castanholando na marcação certa do ritmo agitado e absorvente.
4° ano B tarde dançando o Carimbó
Alunas do 5° ano B
As meninas se preparando para fazer a dança do Pau-de- fitas
Pau- de- fitas
A dança do
pau-de-fitas ou
dança das fitas é uma
dança folclórica coreografada originária da
Europa. A
coreografia desenvolve-se como uma ciranda de participantes que orbitam ao redor de um mastro central (pau) fincado no chão. O peculiar é que no topo do mastro são presas as pontas de longas fitas coloridas, cuja extremidade pendente é sustentada por cada dançante. Durante a translação em zigue-zague em torno do fulcro central, as fitas vão sendo trançadas, encurtando a parte pendente até que fique impossível prosseguir. Faz-se após o movimento contrario, destrançando as fitas.
Há variações na música e instrumentos por causa da regionalização.
Quando chegou a vez dos meninos do
5° ano C da professora Fabiane dançarem o Mineiro Pau, a plateia ficou na expectativa. Mas os alunos fizeram uma belíssima apresentação digna de muito aplausos.
Maneiro Pau
Maneiro-pau – É dança oriunda do cangaço, possivelmente da região caririense, mas hoje tomando parte de todas as programações festivas do interior do Ceará. Todos os participantes cantam sob o refrão que dá o nome ao folguedo – maneiro-pau! Dançam todos em roda, com os cacetes que portam, batem-nos fortemente no chão, de forma ritmada. De quando em vez, enquanto uns depõem os cacetes no chão, outros usam-nos para duelarem entre si, o fazendo cadenciadamente. A dança empolga, especialmente porque tem uma expressão machista, muito adequada ao temperamento nordestino.
Na verdade a cultura popular brasileira nos revela grandes e fascinantes belezas, o folclore é o modo mais criativo que o povo do nordeste, suldeste, centro-oeste, norte e sul do nosso querido BRASIL achou de expressar grandes sentimentos, adaptando conhecimentos e costumes ao jeitinho brasileiro de ser...
Gostaríamos de Parabenizar as professoras Luciana e Francilene pelo empenho, trabalho e dedicação. E a todos aqueles que fizeram com que esse projeto acontecesse.