I FEIRA LITERÁRIA HELENA DE AGUIAR DIAS
AS VÁRIAS FACES DA LEITURA: UM PRATO CHEIO DE MÚSICA E POESIA.
“LER É A ARTE DE ENCANTAR”
No dia 29 de novembro tivemos a oportunidade de apresentar para toda comunidade da Vila do Cumbuco a I Feira Literária.
O evento que foi apresentado por alunos e professores, foi aberto ao público e apresentado em dois períodos: pela manhã começando às 8:00 e pela tarde começando às 13:30.
Com muitas cores e animação as turmas do Infantil, Fundamental I e II proporcionaram aos convidados muita originalidade ao falar de autores consagrados da Literatura Brasileira e Mundial.
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Painel da I Feira Literária |
O poema a seguir foi escrito pela professora do 1° ano.
O Sabor da Leitura em Poesia
Ler e escrever, contar e encantar
Ler é inventar, viajar e criar
Ler é ir além do fantasiar
Ler é sonhar e alcançar
Ler é libertar
Buscar sem limites e realizar
Com os livros nascem os sonhos
Que um dia vou te contar
Das viagens fascinantes
Deixadas de imaginar
Nas fotografias com papel brilhante
Minha alegria vou mostrar.
( Professora Joice Jóia)
Literatura Brasileira
A
literatura brasileira, considerando seu desenvolvimento baseada na
língua portuguesa, faz parte do espectro cultural lusófono, sendo um desdobramento da
literatura em língua portuguesa. Faz parte também da
Literatura latino-americana, a única em língua portuguesa. Ela surgiu a partir da atividade literária incentivada pelos
jesuítas após o
descobrimento do Brasil durante o
século XVI.
[2] Bastante ligada, de princípio, à
literatura metropolitana, ela foi ganhando independência com o tempo, iniciando o processo durante o
século XIX com os movimentos
romântico e
realista e atingido o ápice com a
Semana de Arte Moderna em
1922, caracterizando-se pelo rompimento definitivo com as literaturas de outros países, formando-se, portanto, a partir do
Modernismo e suas gerações as primeiras escolas de escritores verdadeiramente independentes. São dessa época grandes nomes como
Manuel Bandeira,
Carlos Drummond de Andrade,
João Guimarães Rosa,
Clarice Lispector e
Cecília Meireles.
O objetivo da I Feira Literária é estimular nossos alunos à leitura, entendemos que ler é importante para o desenvolvimento de todo o ser humano. Por isso o projeto foi desenvolvido desde a Educação Infantil até o 9° ano do Ensino Fundamental II.
Painel na entrada da escola
As crianças da Ed. Infantil, 1° e 2° ano durante o segundo semestre conheceram bem os livros de uma das escritoras infantis mais conhecidas e prestigiadas da literatura brasileira: Ruth Rocha.
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Painel com o resumo das várias obras de Ruth Rocha
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Conheça a autora
Dentre todas as obras de Ruth Rocha, as crianças representaram em forma de teatro o Livro Romeu e Julieta.
Romeu e Julieta conta a história de um jardim, onde tudo era separado pelas cores, borboletas amarelas moravam no canteiro amarelo junto com as flores amarelas. Borboletas azuis moravam no canteiro azul, junto com as flores azuis. E assim eram todas as cores, verdes, rosas, vermelhas, brancas e laranja. Romeu vivia triste porque era curioso e queria conhecer outros lugares. Um dia seu amiguinho Ventinho o convidou para conhecer Julieta, lá no canteiro das Margaridas. E os três se aventuraram no meio da floresta onde conheceram muitas coisas, animais de todos os tamanhos, brincaram e riram muito. A partir daí na primavera seguinte todos os canteiros cresciam juntos e misturados.
Após a apresentação da peça, as crianças (personagens) fazem uma grande roda e cantam a música Vamos misturar as cores - Turma da Mônica
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Margaridas e Miosótis esperando o momento de estrelar!
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Todas as crianças foram caracterizadas com roupas confeccionadas pelas professoras que mostraram suas habilidades, compromisso e dedicação com a profissão.
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Família dos Miosótis |
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Cravos, rosas e borboletas vermelhas |
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As crianças da Ed. Infantil IV representando os animais da floresta |
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Crianças da Ed. Infantil III |
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Diretora Maria Célia acompanhando as crianças da Ed. Infantil |
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Preparação... |
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Olha a plateia na expectativa... |
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Romeu e Ventinho passeando pelos canteiros... |
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Julieta ( Aluna - Daniela 1° B tarde) e Romeu ( Aluno - Gabriel 2°A manhã) |
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Chegou a hora da criançada misturar as cores... |
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Vamos misturar as cores, misturar as cores...
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Crianças da Ed. Infantil, 1° ano e 2° ano esperando a apresentação dos alunos do 3°, 4° e 5° anos |
Ruth Rocha admirava muito o escritor MONTEIRO LOBATO. E dando continuidade as apresentações.
Com vocês os alunos do 3°, 4° e 5° anos, apresentando o REINO DAS ÁGUAS CLARAS de MONTEIRO LOBATO.
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Aluno Daniel (5° ano tarde) representando o grande autor Monteiro Lobato
José Bento Renato Monteiro Lobato (Taubaté, 18 de abril de 1882 – São Paulo, 4 de julho de 1948)[1] foi um dos mais influentes escritores brasileiros do século XX. Foi um importante editor de livros inéditos e autor de importantes traduções. Seguido a seu precursor Figueiredo Pimentel ("Contos da Carochinha") da literatura infantil brasileira, ficou popularmente conhecido pelo conjunto educativo de sua obra de livros infantis, que constitui aproximadamente a metade da sua produção literária. A outra metade, consistindo de contos (geralmente sobre temas brasileiros), artigos, críticas, crônicas, prefácios, cartas, um livro sobre a importância do petróleo e do ferro, e um único romance, O Presidente Negro, o qual não alcançou a mesma popularidade que suas obras para crianças, que entre as mais famosas destaca-se Reinações de Narizinho (1931), Caçadas de Pedrinho (1933) e O Picapau Amarelo (1939). |
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Professora do 5° ano C da tarde - Fabiane, representando Dona Benta (personagem do sítio do Pica Pau Amarelo). |
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Cuidado com a Cuca que ela te pega!
Esse momento foi tão mágico, olha só o rosto da professora Francilene encantada com a Cuca. |
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Narizinho |
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Emílias |
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Sítio do Pica Pau Amarelo |
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Narizinho e o Príncipe
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Olhe só as expressões nos rostos das crianças e jovens encantados com a magia de Monteiro Lobato.
Ler é arte de encantar!
Através dos livros, obtemos conhecimentos, nos encantamos, tocamos o mundo com nossas mãos. Experimente a sensação de ler um livro. Conheça diversos tipos de gêneros literários. Fábulas, novelas, crônicas, romances, prosas e poesias, contos, você escolhe! Deleite-se sobre os livros, incentive a leitura, cresça diante das expectativas de realizar sonhos, busque e realize seus desejos mais profundos.
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Os alunos do fundamental II apresentaram trabalhos sobre autores consagrados da literatura. Veja as fotos.
Patativa do Assaré
Uma das principais figuras da
música nordestina do
século XX. Segundo filho de uma família pobre que vivia da agricultura de subsistência, cedo ficou cego de um olho por causa de uma doença
[2]. Com a morte de seu pai, quando tinha oito anos de idade, passou a ajudar sua família no cultivo das terras. Aos doze anos, frequentava a escola local, em qual foi alfabetizado, por apenas alguns meses
[3]. A partir dessa época, começou a fazer
repentes e a se apresentar em festas e ocasiões importantes. Por volta dos vinte anos recebeu o pseudônimo de Patativa, por ser sua poesia comparável à beleza do canto dessa ave. Sendo muito amigo da família Diniz.
Indo constantemente à Feira do Crato onde participava do programa da rádio Araripe, declamando seus poemas. Numa destas ocasiões é ouvido por José Arraes de Alencar que, convencido de seu potencial, lhe dá o apoio e o incentivo para a publicação de seu primeiro livro,
Inspiração Nordestina, de
1956.
Este livro teria uma segunda edição com acréscimos em
1967, passando a se chamar
Cantos do Patativa [2]. Em
1970 é lançada nova coletânea de poemas,
Patativa do Assaré: novos poemas comentados, e em 1978 foi lançado
Cante lá que eu canto cá. Os outros dois livros,
Ispinho e Fulô e
Aqui tem coisa, foram lançados respectivamente nos anos de
1988 e
1994. Foi casado com Belinha, com quem teve nove filhos. Faleceu na mesma cidade onde nasceu.
Obteve popularidade a nível nacional, possuindo diversas premiações, títulos e homenagens (tendo sido nomeado por cinco vezes
Doutor Honoris Causa). No entanto, afirmava nunca ter buscado a fama, bem como nunca ter tido a intenção de fazer profissão de seus versos. Patativa nunca deixou de ser agricultor e de morar na mesma região onde se criou (
Cariri) no interior do
Ceará. Seu trabalho se distingue pela marcante característica da oralidade. Seus poemas eram feitos e guardados na memória, para depois serem recitados. Daí o impressionante poder de memória de Patativa, capaz de recitar qualquer um de seus poemas, mesmo após os noventa anos de idade.
A transcrição de sua obra para os meios gráficos perde boa parte da significação expressa por meios não-verbais (voz, entonação, pausas, ritmo, pigarro e a linguagem corporal através de expressões faciais, gestos) que realçam características expressas somente no ato performático (como ironia, veemência, hesitação, etc.). A complexidade da obra de Patativa é evidente também pela sua capacidade de criar versos tanto nos moldes
camonianos (inclusive sonetos na forma clássica), como poesia de rima e métrica populares (por exemplo, a décima e a sextilha nordestina). Ele próprio diferenciava seus versos feitos em linguagem culta daqueles em linguagem do dia-a-dia (denominada por ele de poesia "matuta").
Jorge Amado e suas obras ( Tieta do Agreste e Dona Flor e seus dois Maridos)
O livro apresenta uma situação dramática clássica: a da mulher que volta rica e poderosa à cidade de onde fora expulsa 26 anos antes, quando ainda era adolescente. À sua volta estão típicos representantes do interior
baiano, lutando pela sobrevivência, defendendo ou resistindo a
preconceitos, almejando pequenas ambições e que compõem um painel vivo dos conflitos provincianos que antecedem a chegada de sinais de progresso - e suas conseqüências.
Alternando palavras e descrições extremamente realistas da vida
boêmia da
Salvador dos
anos 40, com passagens mais amenas sobre
comida e
remédios, o livro é um extenso e nostálgico painel do cotidiano e do passado da vida baiana.
O romance se inicia com a morte de Vadinho, um boêmio, jogador e
alcoólatra que morre subitamente em pleno carnaval de rua, vestido de baiana. Deixa viúva Dona Flor, a quem explorava e que, apesar da vida desregrada do marido, era apaixonada por ele. Na primeira parte do livro são contados os excessos de Vadinho e de todos os companheiros boêmios que lhe cercavam.
Em contraste com esse ambiente decadente e de maus costumes contado em detalhes pelo autor, na segunda parte do livro é a vida pacata de Dona Flor que passa a ser retratada. É descrito como ela ganha a vida ensinando
culinária na escola de sua propriedade "Sabor & Arte". Intercalando as aulas de culinária, há os suspiros da viúva pelo marido morto, que lembra cada vez mais constantemente das qualidades de ótimo amante de Vadinho e dos poucos momentos de luxo que lhe propiciara, quando ganhava no
jogo. Ao mesmo tempo, ela é cortejada por um pretendente, um
farmacêutico pacato e religioso. Os dois acabam se casando. Mas, de idade um pouco avançada e bastante conservador, ele não consegue satisfazer Dona Flor, que cada vez mais se lembra de Vadinho.
Na terceira parte, os acontecimentos se atropelam e assumem um estilo do
realismo fantástico, quando o espírito de Vadinho (que era filho de
Exu) retorna e passa a atormentar Dona Flor. Somente ela vê Vadinho, que quando está com Dona Flor parece ser capaz de realizar as mesmas coisas que fazia na cama quando estava vivo. Dona Flor hesita em se manter fiel ao novo marido ou ceder ao espírito do primeiro.
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Jorge Amado e Gabriela, Cravo e Canela
A obra é um retorno ao chamado ciclo do cacau. Ao citar o universo de coronéis, jagunços, prostitutas e trambiqueiros de calibre variado, que desenham o horizonte da sociedade cacaueira. Na década de 20 na então rica e pacata Ilhéus, ansiando progressos, com intensa vida noturna litorânea, entre bares e bordéis, desenrola-se o drama, que acaba por tornar-se uma explosão de folia e luz, cor, som, sexo e riso. |
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Jorge Amado e suas criações |
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Rachel de Queiróz
Faça você também da leitura a arte de encantar!
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